Oi!
O livro desse mês é o Capitães da Areia, feito em 1937 por Jorge Amado.
Sobre:
A narrativa gira em torno das peripécias de um grupo de “meninos de rua” que sobrevive de furtos e pequenas trapaças. Por viverem em um (Trapiche) velho e abandonado (uma espécie de armazém à beira do cais), os garotos do bando, liderados por Pedro Bala, são conhecidos pela má-fama de “capitães da areia”. É lá, no trapiche abandonado, que Pedro Bala, órfão, (o pai foi morto à bala por liderar uma greve, daí a alcunha do garoto, enquanto a mãe tem o paradeiro desconhecido) se refugia com seu grupo.
Narrador:
A história é contada em 3º pessoa por um narrador onisciente, que é aquele que sabe de tudo (Desde ações feitas no passado àos sentimentos internos)
Mensagem:
Mesmo sendo escrito a décadas atras, o livro ainda se mostra contemporaneo, mostrando problemas na sociendade. A grande mensagem da obra se refere aos meninos e meninas de rua, abandonados pela sorte e que por isso, fazem de tudo para sobreviver e usufruir da liberdade que possuem da melhor forma possível. Seria também um alerta social às autoridades competentes.
Justificativa do titulo do livro
O nome do livro é justificado pelo grupo de garotos, menores abandonados que viviam no areal como se fossem os donos, os “Capitães” do lugar. Então daí vem o nome capitães da praia, ou melhor Capitães da Areia.
Personagens:
Pedro Bala é apresentado da seguinte forma pelo narrador: “É aqui também que mora o chefe dos Capitães da Areia Pedro Bala. Desde cedo foi chamado assim, desde seus cinco anos. Hoje tem 15 anos. Há dez que vagabundeia nas ruas da Bahia. Nunca soube de sua mãe, seu pai morrera de um balaço. Ele ficou sozinho e empregou anos em conhecer a cidade. Hoje sabe de todas as suas ruas e de todos os seus becos” (p. 21). Era loiro, 15 anos, tinha um talho no rosto, provocado por uma briga com o antigo chefe do bando, Raimundo, na disputa pela sua liderança. Apesar de não participar de todas as cenas, Pedro Bala irá servir como linha condutora de toda a história, dando um caráter coesivo aos diversos quadros que são apresentados ao longo da narrativa.
O grupo liderado por Pedro Bala beirava o número de cem e era composto por:
João Grande: O “negro bom”, nos dizeres do próprio Pedro Bala: “Engajou com 9 anos nos Capitães da Areia, quando o Caboclo ainda era o chefe e o grupo pouco conhecido, pois o Caboclo não gostava de se arriscar. Cedo João Grande se fez um dos chefes” (p. 23);
Volta Seca: que tinha ódio das autoridades e o desejo de se tornar cangaceiro (posteriormente integra-se ao grupo de Lampião, transformando-se em um frio e sanguinário assassino);
Professor, que recebe este apelido por gostar de ler e desenhar. Assim o narrador o apresenta: “João José, o Professor, desde o dia em que furtara um livro de histórias numa estante de uma casa da Barra, se tomara perito nestes furtos. Nunca, porém, vendia os livros, que ia empilhando num canto do trapiche, sob tijolos, para que os ratos não os roessem. Lia-os todos numa ânsia que era quase febre” (p. 25).
Gato, sujeito conquistador, vive entre as prostitutas, com seu jeito malandro atrai uma delas: Dalva;
Sem-Pernas: garoto deficiente de uma perna, que serve de espião para o grupo. Fazia-se de órfão desamparado para ser acolhido pelas famílias e, assim, com a confiança destas, conhecia cada ponto estratégico de suas residências, retransmitindo tais informações ao grupo. É em uma dessas casas que Sem-Pernas é bem acolhido por um casal que perdera o filho pequeno. Nesse episódio a personagem vive um grande conflito: sente remorsos por ter de roubar aqueles que lhe acolheram com a um filho, ficando, dessa forma, divido entre passar as informações da casa para os companheiros e ser leal à família. Decide-se por manter-se fiel aos “capitães da areia”;
Pirulito, “magro e muito alto, uma cara seca, meio amarelada, os olhos encovados e fundos, a boca rasgada e pouco risonha” (p. 28). Era o único do grupo que tinha vocação religiosa, embora pertencesse aos Capitães da Areia;
Dora, a única mulher do grupo, tinha quatorze anos, era muito simples, dócil e bonita. Representará para os Capitães da areia a figura da madre protetora, que dará colo, carinho e atenção, e também, a figura da irmã que para eles até então inexistia. Já para Pedro Bala, Dora será a “noiva” e a “esposa”. Morre ardendo em febre e seu corpo é levado ao mar, onde será “sepultado” com a ajuda de padre José Pedro, que, mais uma vez indo contra a lei e a moral estabelecidas, decide ajudar os meninos do Trapiche. Dora será uma personagem de fundamental importância na construção da lógica do romance. Será por sua causa que Pedro Bala, apaixonado, iniciará sua transformação e tomada de consciência rumo à ação política e social.
João-de-Adão: Estivador, negro fortíssimo e antigo grevista, era igualmente temido e amado em toda a estiva. Através dele, Pedro Bala soube de seu pai. Ele tinha conhecido o loiro Raimundo, estivador que tinha morrido, baleado na greve, lutando em prol dos estivadores. Segundo ele, a mãe de Pedro falecera quando ele tinha seis meses; era uma mulher e tanto.
Don’aninha: Mãe de santo, sempre os socorria em caso de doença ou necessidade.
Padre José Pedro: Introduzido no grupo pelo Boa-Vida, conhecia o esconderijo dos capitães.
Fim!
Resumo do livro Por capitulo http://capitaesdeareia13mb.blogspot.com.br/p/resumo-do-livro-por-capitulo.html